segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Prepara, que agora é hora....

"Thutchuca, vem aqui pro seu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar muita pressão”; “Só as cachorras, as preparadas, as popozudas ...”; “Nóis gosta é de novinha, de blush e de franjinha” kkkkkkkkkkkkkkk Vocês já pararam pra pensar o quanto mudou (nem sempre pra melhor, diga-se de passagem) os conceitos ditos “ideais” de homem e mulher que a sociedade passou a adotar? O que virou moda e o que não é tão legal assim?! Se antes a mulher ideal era aquela que ficava em casa, que cuidava da família e se colocava em 2º plano, a tal da Amélia, hoje vemos que a mídia nos “impõe” um padrão totalmente diferente (e ao meu ver nada interessante e totalmente fora do que eu goste ou queira seguir) o das mulheres fruta, das magrelas da passarela, o cabelo liso oriental, as bombadonas e por aí vai. Não sou contra o funk, não estou falando de nenhuma cultura musical ou das pessoas que ouvem e curtem, afinal cada um tem seu gosto e preferência, só falo da forma que a mulher passou a ser vista, e do exagero no culto e dos padrões de aparência que não é nenhum pouco saudável.

Naturalmente a mulher tem senso crítico muitíssimo apurado, se avalia nos mínimos detalhes e se cobra quase que diariamente a perfeição. E essa cobrança toda muitas vezes é injusta, pois nunca seremos perfeitas, e aliás, o que é perfeição!? Sempre vai existir algo que não gostamos ou que “precise” ser melhorado. As músicas que citei tem ressaltado características que de certa forma vulgarizam e retratam a mulher como um símbolo, como algo sem essência, como se fossemos uma forma física, um mero objeto. Quem tem uma auto estima alta, e sabe valorizar seus pontos positivos, leva numa boa cada novidade criada pela grande mídia, mas quem não tem uma auto imagem bem construída termina sofrendo ainda mais ao ver o quão distante está de ser feliz, aliás de se sentir feliz.

Eu tive uma adolescência “gordinha”, minhas roupas eram de tamanhos bem maiores das que uso hoje. E lembro bem que devido a isso, eu não usava roupas femininas, sempre era tudo folgado e comprido. Como eu ainda andava, não queria marcar nada, não queria que vissem nada de diferente em mim (apesar de que nessa época eu mal tinha a escoliose, o andar é o que mais chamava a atenção). Não me achava bonita, meu estereótipo não se encaixava em nenhum que aparecia nas tv’s, e isso não me deixava bem. Só depois que tive o meu primeiro namorado é que passei a cuidar mais de mim, da minha aparência. Parece uma coisa né, só nós valorizamos depois que os outros nos mostram as qualidades que desconhecíamos. E essa fase da “aborrecência” é muito complicada, fase onde estamos nos descobrindo, testando coisas e começando a modelar nosso futuro. E pra mim foi a que menos gostei, pois por pura bobeira minha eu deixei de usar e fazer algumas coisas, por vergonha, insegurança e medo dos olhares reprovador das pessoas.

Hoje aceito minhas InPerfeições (não podia passar batido né kkkkkkkkk) e tento administrá-las da melhor forma possível. Acredito que não é um cabelo liso japonês, 500ml de silicone, 112cm de quadril que vão definir meu status de felicidade. O que vemos nas revistas e tv’s são meros conceitos, não devem ser levados tão a sério. Servem de entretenimento e não de referência! A mídia viu na imagem da “mulher objeto” um mercado lucrativo, e pra ela isso é o que importa. Já que após um comercial de shampoo que garante transformar qualquer tipo de cabelo em algo surreal e mais brilhoso que o reflexo do sol causam o maior alvoroço nos mercados, o que importa para eles é isso, consumidoras avidas pelo mais novo milagre kkkkkkkkkkkk E as roupas que saem nas passarelas, algumas usáveis, mas outras que de tão bufantes parecem fantasias kkkkkkkkkkk. Por isso meninas e meninos, não usem o que vocês veem na tv ou revistas como ideal ou referencial de nada. Logico que podemos usar umas dicas de como combinar umas peças, ou até mesmo de lazer, mas não criarmos “deuses” e segui-los cegamente. Cada um tem sua particularidade, e o que é bom pra mim não é o mesmo que é para você.
Quanto aos "elogios" de: tchutchucas, popozudas, poderosas, top models, bombadonas  e afins, que não sejam utilizados para denegrir ou para vender algo, mas sim para divertir! Se ame e se respeite. 

Beijos e inté mais
=)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ninguém merece: Teatro da UFPE

Ei gente, eu gostaria de escrever mais um "todos merecemos" mas não é essa a temática de hoje, infelizmente... Essa semana minha prima Mayara me chamou para ir ao teatro com uma amiga dela (muito gente boa por sinal, a Stella) assistir uma peça muito bem falada da Mônica Martelli : Os Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou! Bom, eu adorei! Foi muito divertido, rimos horrores e super indico. O que não indico é o local. Pensando bem... indico sim! Para eles saberem que também gostamos de ir ao teatro.

O teatro da UFPE é totalmente desorganizado e sem estrutura para receber alguém com deficiência física. Minha prima comprou os ingressos um dia antes e já havia me avisado:  "Lu, teremos que 'abrir o bocão', porque o local onde comprei não pode ficar cadeirantes e eles disseram que você vai ter que ficar distante da gente." Eu falei: "Chegando lá a gente resolve, abriremos o bocão!"...rs
 
Já no teatro, o diretor/organizador pediu para seguir por baixo, pois a entrada para deficientes físicos não poderia ser feita ali, onde todos entravam. Estranhamente o acesso para deficientes físicos é o mais distante e com mais obstáculos. Logo quando entramos no teatro, surgiu a dúvida de onde sentaríamos. Foi então que perguntamos ao "tal moço da organização", que ficou mudo e em nada nos ajudou. Nesse momento eu falei: "Vamos ficar por aqui mesmo, nessa primeira fila do corredor. Se alguém aparecer para sentar aqui, a gente conversa". Rezando para que fossem dois casais que não quisessem sentar juntos, pois tinham 4 vagas...
Foi o que fizemos, mas logo depois chegaram dois casais (amigos para minha tristeza) dizendo que o local deles era ali. E então, foi aquela agonia para desenrolar outro lugar para ficarmos. As meninas foram falar com o tal moço da organização e ele veio explicar que o teatro era antigo e não existia um lugar reservado para deficiente físico. Pense numa novela! O rapaz de um desses dois casais estava recém operado do joelho e não poderia ficar em outro lugar, pois precisava esticar a perna. Então, "teria" que ser o outro casal a mudar de lugar e a menina ficou danada da vida (com razão), porque realmente ela pagou para estar naquele lugar...então imaginem a confusão que foi feita! Conversa vai, conversa vem... A menina falou: - Que fique claro que eu só estou saindo por ela (apontando para mim)! Eu queria me afundar na cadeira, sempre "movimento" os lugares por onde ando...rsrsrs. Mas não tive culpa e o teatro da UFPE me colocou em constrangimento.
 
Felizmente ou infelizmente, dependendo do ponto de vista, só tinha eu de deficiente por ali. Nessas horas que penso: Bora sair de casaaaa meu povoooo! O teatro da UFPE e tantos outros lugares precisam ser acessíveis, tanto no quesito ergonomia, quanto estrutura. Apesar de todo esse furacão que se alastrou com minha passagem, a peça foi maravilhosa e você sai se achando a amiga íntima da atriz Mônica Martelli, talentosíssima! rsrs
 
 
                                                       Mayara, Stella e Eu
 
Beijosss



segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Grande história - O pequeno anjo da Colômbia

Hoje eu tinha vários temas e assuntos em mente para abordar, mas vou confessar uma coisa, voltei da minha aula de empreendedorismo na faculdade, sem palavras para escrever, sem ação diante de um vídeo que o professor nos passou, que me deixou estagnada diante de uma atitude tão linda e caridosa. Então gostaria de compartilha-lo com vocês.
O vídeo é sobre um menino podre da Colômbia chamado Alviero Vargas  que morava em uma favela em Bucarama e aos 9 anos de idade, resolveu ajudar os idosos carentes, ele reuniu um grupo de amigos, também crianças, e saiam levando comida para esses idosos, os ajudando a tomar banho e dando a eles AMOR.
 
 
 
Pois bem, 10 anos depois, já havia conseguido realizar um sonho antigo de construir um asilo que abrigava 140 idosos; com ajuda do povo francês e dando continuidade ao trabalho, com a ajuda de crianças. (sempre lutou pelos direitos dos idosos). Um homenzinho que DEUS enviou para dar suporte aos mais necessitados que são velhinhos carentes, debilitados, paralisados e alguns até sem andar (esses idosos contavam com o apoio das crianças), que estavam determinadas a mudar a situação deles; com a missão de proporcionar atenção integral, dando grande quantidade de amor e carinho, aprendizado constante, valores, experiências e conhecimentos, rodeados por um ambiente natural onde o velho recupera seu sorriso, sua energia, sua motivação para viver e trabalhar com qualidade de vida, pois muitos foram abandonados pela família e deixados a própria sorte.  
Uma lição de amor e abnegação ao próximo que jamais presenciei em minha vida. E que ele toque o coração de todos.
 
 
 
Beijos! Até a próxima!

domingo, 22 de setembro de 2013

Sobre outros olhares

Já tem um tempo que eu queria tocar neste assunto aqui no blog, mas como acontecem muitas coisas
durante a semana alguns temas interessantes acabam ficando para depois. E essa é uma questão que sempre tive curiosidade (e acredito que não é apenas minha) e vejo que ainda não foi discutido diretamente com as partes interessadas. Falo da questão do ponto de vista dos homens sobre as mulheres com algum tipo de deficiência, o que eles pensam ao se aproximar e quem sabe se relacionar. E por uma incrível coincidência, recebi um link de uma matéria que falava da vida de uma mulher que devido a um ato de covardia e violência do seu ex, se tornou cadeirante, e ela falou das transformações que precisou fazer para se adaptar a essa nova realidade, e a repórter em umas das questões abordava justamente sobre isso, uma cadeirante falando sobre sua impressão deste olhar masculino. Vou disponibilizar o link da matéria na integra para que vocês possam ler e tirar suas próprias conclusões.

Sempre tive uma cabeça muito boa quanto a me aproximar das pessoas, tenho facilidade em fazer amizades mas no quesito “romance/paquera” confesso que ainda tenho muito o que aprender kkkkkkkkkkkkkk pois como sou ansiosa, não consigo prolongar muito os joguinhos de sedução (como falei antes eu sou agoniada, e vou logo querendo saber o que se passa, não consigo ficar na enrolação. Entendem?!). E como tenho dois irmãos mais novos que eu, convivi muito com os meninos e prestava atenção na forma como eles agiam comigo e como falavam de mim para os outros. Vi que sempre tinham todo um cuidado, me protegiam de tudo e de todos (empatavam qualquer aproximação masculina interessante :/ ). Quando eu saio, vejo que tem olhares, sorrisos mas nada de aproximação. Às vezes ficava procurando algo na minha roupa, maquiagem, perfume mas não era nada comigo, pois depois de um bom tempo de show rolando esses mesmos carinhas se aproximavam, tomavam coragem e vinham conversar comigo. E essa abordagem tem seguido esse padrão, não que só cheguem os alcoolizados, e eles também chegam (para minha tristeza e teste de paciência), mas eles ficam de longe só observando o meu comportamento. Como se estivessem se acostumando e aprendendo a lidar com as diferenças. Depois que as apresentações fluem, a conversa acontece naturalmente e as perguntas de praxe também: “Poxa, você aí tão feliz com teus amigos curtindo numa boa, toda linda e simpática.... não deixa nada te limitar. Isso é muito bom de ver!”, ou “Poxa, como você é feliz!? Dá uma inveja de te ver sorrindo...”, “ Sabia que você é linda?! Não hoje, mas quero muito poder conversar e te conhecer melhor, com mais calma, longe desse barulho” .... e por aí vai. É engraçado ver que uma mulher numa cadeira de rodas pode gerar tanta curiosidade e despertar o interesse de aproximação kkkkkkkkkkkkk mais ainda quando está mulher faz questão de mostrar o quanto é feliz e linda, independentemente de qualquer coisa. 

Então, resolvi perguntar a alguns amigos meus (andantes e bem resolvidos) e tentar tirar deles o máximo de sinceridade possível sobre o assunto. E pra minha surpresa, apesar deles não se conhecerem, responderam coisas parecidas.Vou mostrar a vocês o que eles me responderam, os nomes não vou poder mencionar, mas as respostas foram dadas com toda a sinceridade, isso posso assegurar.
A pergunta que eu fiz foi a seguinte: O que intimida mais você ao se relacionar com uma mulher com deficiência física? O receio de assumir o papel de "cuidador”, a questão das diferenças ....
Mas de que forma isso seria um problema?!
Te faria desistir ou não importaria?!

(F.B, 30 anos, Solteiro) Realmente no momento que a pessoa começa a pensar na possibilidade de namoro ou relacionamento mais sério deve terminar vindo a mente sim. Eh porque é pau... Do jeito que tô hoje em dia já boto tanta barreira, se vejo alguma possível dificuldade já vou descartando a possibilidade de relacionamento. Mas quando se apaixona a pessoa vai metendo a cara.

(G.P, 30 anos, Solteiro) Enfim, acho q as diferenças não são problemas, e também creio que a questão de assumir a posição de cuidador também não seja problema, porém entre as duas situações creio q ser cuidador é pior em parte... Na verdade, eu acho que as condições de acessibilidade de cada cidade e até mesmo a falta de experiência do homem com deficientes, faz com ele se afaste... Não sei se os outros homens pensam como eu mas imagina eu te levar para um motel sem atentar para a acessibilidade, e chegar lá ter uma escada enorme e apertada? Te carregar nos braços seria o de menos, mas fazer você passar por essa situação é o pró. Imagina eu te levar a um bar ou restaurante com acessibilidade, mas em certa ocasião eu pedir um prato que exija força física da pessoa para por exemplo, cortar um carne... E eu não sabendo suas limitações e perceber q na hora você ficou "errada" seria horrível... Tudo aparenta ser complicado na questão lidar com deficientes físicos, mas contudo, talvez o problema esteja no homem. Eu me preocupo muito com minha imagem e com minhas atitudes. Em resumo, sair com uma garota deficiente iria me colocar em prova a todo tempo e talvez por eu não ter experiência com deficientes ou intimidade com a mesma, iria deixar quaisquer momento a dois complicado.

(A.M, 33 anos, Solteiro) Não sei, nunca pensei nisso. Eu acho que seria uma relação normal. Se houver sentimentos verdadeiros qualquer coisa dá certo. E quanto as dificuldades do dia a dia, só a prática iria dizer.

(G.C, 25 anos, Solteiro) Não vejo diferença em namorar alguém com deficiência, mas me preocupo com os sentimento dela, pois sou uma pessoa q não quero ter relacionamentos sérios no momento. E se começo a namorar, penso no fim dele e como isso a afetaria.

(I. A, 35 anos, Solteiro) Se gostar realmente da pessoa não importa a deficiência pois qualquer pessoa que hoje corre amanhã pode não andar ninguém está livre do imprevisto na vida. 


Nas conversas que tive com esses meus amigos, pude ver que “o grande problema” está realmente na falta de informação e principalmente na postura que adotamos e passamos para os outros. Limitações todos nós temos, umas mais visíveis que os outros mas TODOS nós as temos. Por falar nisso, pensei: “o que seria do Super Man se saísse divulgando a torto e a direita que é indefeso contra a kriptonita!?”, doidera total né kkkkkkkkkk. Todos nós temos as nossas fraquezas, nossos pontos fracos, mas nem por isso vamos perder nosso tempo valorizando ou exaltando cada um deles não é!? A falta de informação é algo que existe e torna ainda mais inacessível o nosso dia a dia. Por isso cabe a nós, pessoas com deficiência, sanar isso. É nosso dever mostrar que o dia a dia de um cadeirante, muletante, deficiente auditivo, visual ou demais limitações, não é nada absurdo. Precisamos apenas de algumas adaptações, mas no final tudo é igual, inclusive no quesito paquera/romance!!!

Valorizar nossos “super poderes”, mostrar que estamos afim sim, e perder o medo de falar sobre nossas limitações. Mostrar que apesar das nossas fragilidades somos pessoas com desejos e necessidades. Como prometi, vou deixar o link da matéria.

http://revistamarieclaire.globo.com/Mulheres-do-Mundo/noticia/2013/09/cadeira-de-rodas-nao-e-motivo-para-perder-sensualidade-diz-professora-amapaense.html

Beijos e inté mais

=)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Dia Nacional da Conscientização das Distrofias Musculares

Hoje é o dia Nacional da conscientização das Distrofias Musculares. Elas são inúmeras e afetam a vida de muita gente. Bom, na minha família praticamente 50% é afetada por ela e se eu for radical, todos são. Afinal, uma vez que você tem um irmão, primo, tio, pai, mãe ou avô com distrofia sua vida também muda, seu olhar para as barreiras arquitetônicas e atitudinais da sociedade também mudam.
 
Foto do facebook de Dra. Ana Lúcia Langer referente ao Terceiro encontro sobre CONSCIENTIZAÇÃO DAS DISTROFIAS MUSCULARES Parque Mário Covas-SP
 
Há 21 anos atrás eu estava na descoberta do que a distrofia seria e traria para minha vida. Eu via meu avô e meu tio com bastante dificuldade de andar, então imaginava que um dia ficaria assim. Imagina para uma criança saber que um dia iria deixar de andar e ficaria com tamanhas dificuldades!?. Então, de lá pra cá, passei por muitas dificuldades, fossem tanto de preconceito, quanto físicas. Fiz diversas cirurgias, fiquei distante do mundo real por algum tempo. Sofri preconceito e o maior dos preconceitos que sofri foi o desconhecimento da doença. Então, acredito EU, que a partir do momento que ela for mais conhecida, for mais divulgada e entendida pela sociedade, nós seremos aceitos como parte dela.

Sabe quando você sai para um passeio e perguntam no meio da rua o que você tem??? Foi acidente??? Já respondi "sim" muitas vezes, até já inventei histórias mirabolantes... Acho que por preguiça, imaturidade ou angústia de ter que explicar... Mas agora eu sei a importância de dizer que tenho distrofia muscular. Claro que muitas pessoas devem estar lendo e imaginando: Mas nem sempre temos tempo de falar sobre a doença e muitas vezes as pessoas não entendem... Sim, elas não entendem porque não é uma doença falada e talvez você, que como eu também tem a DM, esteja contribuindo para isso. E outra coisa que venho percebendo esses 21 anos de currículo "DM" é que quanto mais você admite suas dificuldades físicas e quanto mais você expõe que tem distrofia muscular, mais você aceita. Porque sim... É um processo longo e árduo de aceitação.
 
Foto do facebook de Dra. Ana Lúcia Langer referente ao Terceiro encontro sobre CONSCIENTIZAÇÃO DAS DISTROFIAS MUSCULARES Parque Mário Covas-SP
"A distrofia muscular é uma doença genética e progressiva que afeta diversos músculos do nosso corpo, e dependendo do tipo e do grau variam e comprometem mais violentamente alguns músculos em particular, causando fraqueza  o que me levou a ser cadeirante."

 
Essa é a forma que respondo agora, quando me fazem questões referentes a minha situação física. E ah, se for criança... Avalio sua idade e baseado nisso respondo.

Quem tem distrofia muscular pode sim ter uma boa qualidade de vida e os médicos e pesquisadores trabalham em busca disso. Eu, por exemplo, trabalho, estudo, dirijo, saio com meus amigos, no entanto me cuido fazendo fisioterapia, que infelizmente até o momento é a única forma de preservar o músculo por mais tempo. 
 
Nós três (eu, Débora e Wivian) do blog inPerfeitas temos o sonho (podendo ser utopia para muitos) de divulgar a DM, para que outras crianças, adolescentes, jovens, idosos não passem (ou pelo menos amenizar) pelo que passamos devido à falta de conhecimento. Convidamos vocês, amigos e parentes de distróficos a compartilharem do nosso sonho ;)
 
Um abração


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Show Luan Santana - Bauru SP

Olá pessoal, hoje trago um post contando um pouco de um show que fui ontem. E olha, cada dia que passa eu estou mais encantada com o ser humano, e gostando de conhecer o próximo.  Vou contar para vocês um pouquinho dessa minha aventura...rsrs.
Eu, a minha prima Natália e minha amiga Mariana, fomos ao show do Luan Santana. Fui de cadeira de rodas, e chegando lá já fomos recebidas por um organizador do evento, nos levanto até a área reservada para cadeirantes. Bom, ai vem a parte chata. O segurança não deixou nos 3 entrarmos, pois disse que era apenas um acompanhante. Nos barrou e então pedi para ficarmos na área vip comum mesmo, que é o que tinhamos comprado. 
Saimos e ficamos lá no meio do povo. Muitas pessoas foram falar com a gente, inclusive nos orientando para irmos para área reservada. Alguns chegaram a ir conversar com o segurança,  falar por nós,  mas nada. No final um moço nos mostrou o responsável pelo evento, e ele foi falar com o segurança,  e ficou tudo resolvido. Assistimos o show todo de pertinho. 
E no final alguns moços ainda vieram nos ajudar a subir a rampa... Achei muito linda a atitude dessas pessoas, em se preocupar, em querer ajudar. E ficou uma grande lição de que existem muitas pessoas preocupadas  com o próximo e muito gentis.  Afinal gentileza, gera gentileza né pessoal. Vamos praticar sempre atos gentis por ai. 
Vou deixar algumas fotos do show para vocês.  Foi muito bom. E lembre-se, nunca desista de seus sonhos. Se você quer algo,  nunca deixe que ninguém diga que não consegue.  Você consegue sim, a primeira atitude deve vir de você!  ;)

Show muito bom


Natália e Mariana

Nós três ♡♡♡


Conquistando o impossível - Luan Santana

"Acredite é hora de vencer,
Essa força vem de dentro de você
Você pode até tocar o céu se crer,
Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito pra super herói
Nossos sonhos, a gente é que constrói
É vencendo os limites, escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé

Campeão vencedor Deus da asas faz teu vôo
Campeão vencedor essa fé que te torna imbatível
Mostra o seu valor

Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito pra super herói
Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé..."

Até a próxima. Beijos ;)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Bullying !!!

Olá pessoal,  me chamo Daniela sou Psicopedagoga e tenho distrofia muscular de cintura(DMC).
1 vez por mês publico para vocês e   hoje trago um assunto que tem sido muito discutido nos últimos anos .




 O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.  

Como identificar o alvo do bullying?

O alvo costuma ser uma criança com baixa autoestima, diferentes que não se encaixam no grupo  e retraída tanto na escola quanto no lar. ''Por essas características, é difícil esse jovem conseguir reagir''. Aí é que entra a questão da repetição no bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação cesse.
Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.





O que é pior: o bullying com agressão física ou o bullying com agressão moral?

Ambas as agressões são graves e tem danos nocivos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas vezes é considerada mais grave do que um xingamento ou uma fofoca. ''A dificuldade que a escola encontra é justamente porque o professor também vê uma blusa rasgada ou um material furtado como algo concreto. Não percebe que a uma exclusão, por exemplo, é tão dolorida quanto ou até mais''.




Qual o papel do professor em conflitos fora da sala de aula?

O professor é um exemplo fundamental de pessoa que não resolve conflitos com a violência. Não adianta, porém, pensar que o bullying só é problema dos educadores quando ocorre do portão para dentro. É papel da escola construir uma comunidade na qual todas as relações são respeitosas. ''Deve-se conscientizar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora do ambiente escolar, como na internet, Cyberbullying: a violência virtual.   

Espero que tenham gostado , até a próxima.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Minha sessão de fonoaudiologia

Genteeee, como vocês estão???
Como alguns já sabem, eu tenho distrofia muscular Fascio Escapula Humeral e uma das características desse tipo de distrofia é afetar os músculos do rosto. Então, é bastante importante para quem tem DM FSH fazer um tratamento com um fonoaudiólogo. Hoje trouxe para vocês minha sessão de fonoaudiologia com a fonoaudióloga Geisa Bezerra. 2 vídeos bastante interessantes e simples de entender ... Espero que gostem;)

Geisa Bezerra
Geisamc@hotmail.com

(81) 95277104
 
Parte 1
 
Parte 2
 

sábado, 7 de setembro de 2013

O corpo humano é uma máquina perfeita

Perdemos a conta de quantas vezes ouvimos isso ao longo da nossa vida, e de tanto ouvir e vivencia-la, assumimos a GRANDE responsabilidade de cuidar dela (mesmo porque se a gente não cuida, a tal "máquina perfeita" pifa né kkkkkkkk). Em todas as postagens em que abordo temas sobre cuidados, exercícios e/ou dicas de posturas, gosto de frisar a importância do acompanhamento de um médico especialista. Essa regrinha vale para todos, mas no caso das pessoas com alguma limitação elas devem ser levadas mais a sério ainda. Devido ao comprometimento causado por degenerações, lesões, inflamações, deformidades, entre tantas outras mais, o corpo necessita de cuidados específicos para cada área atingida e a depender do caso, os "grupos auxiliares" (órgãos que auxiliam na realização das funções essenciais, tipo a musculatura que envolve e dá sustentação a coluna) que também são prejudicados devido ao agravamento das "peças chave" (seguindo o meu exemplo anterior, aqui a Coluna seria a peça chave). Desculpem meu linguajar, mas quero passar a ideia da máquina mesmo, mostrar que o corpo funciona graças a uma sequência de atividades realizadas por peças interligadas.


Recentemente passei por uma avaliação médica e vi a importância de ter um acompanhamento mais completo. Como sabem eu tenho a Distrofia Muscular do tipo Cinturas, e ela afeta não apenas a musculatura das cinturas pélvica e escapular (membros superiores e inferiores) mas também fragiliza outros órgãos. E para não gerar uma sobrecarga nem perder o que tenho, resolvi levar a sério as orientações médicas e começar o tratamento especifico para cada “problema”. Revi o histórico da minha amada coluna, e acredito que logo mais terei que operá-la mas ainda tenho que passar pelo crivo do ortopedista. Quanto a minha respiração, taxas (glicose, colesterol, pressão, vitamina D e por aí vai kkkkkkkkkkk), visão, audição e etc e tal tudo ok. Dependendo da deficiência o corpo sofre limitações e cria alternativas próprias para suprir determinada carência. As pessoas que ficam na sua maior parte do tempo sentadas, sofrem uma sobrecarga gigante na coluna e demais órgãos. Geralmente a circulação fica comprometida e com isso os pés, pernas e abdômen ficam mais inchados pois passam a reter mais líquidos e gases (no caso do intestino né). Já quem faz uso das muletas, bengalas, andadores ou demais aparelhos, sobrecarregam também a coluna além dos braços e mãos. Que costumam ser exigidos mais fortemente do que se estivessem realizando outra atividade física. Por falta de conhecimento, dificuldade de locomoção entre tantas outras dificuldades, muitos deixam de ter um acompanhamento correto e comprometem ainda mais o seu quadro.  

Como usei a analogia de sermos considerados uma máquina perfeita, resolvi dividir “as peças” nos seus respectivos sistemas e apontar as especialidades médicas responsáveis pela sua manutenção kkkkkkkkkkk
O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Cada sistema, cada órgão é responsável por uma ou mais atividades. Milhares de reações químicas acontecem a todo instante dentro do nosso corpo, seja para captar energia para a manutenção da vida, movimentar os músculos, recuperar-se de ferimentos e doenças ou se manter na temperatura adequada à vida. Há milhões de anos, o corpo humano vem se transformando e evoluindo para se adaptar ao ambiente e desenvolver o seu ser. Nosso corpo é uma mistura de elementos químicos feita na medida certa. As partes do corpo humano funcionam de maneira integrada e em harmonia com as outras. É fundamental entendermos o funcionamento do corpo humano a fim de adquirirmos uma mentalidade saudável em relação a nossa vida. (mais em: http://www.webciencia.com/11_00menu.htm#ixzz2eFCV6kZV). Devido a amplitude do assunto e das especificidades de cada sistema, as áreas médicas se dividem para atender de maneira detalhada e precisa cada necessidade.

Principais especialidades e áreas de atuação

  •  Alergia e imunologia: sistema imunológico
  •  Angiologia: sistema circulatório
  •  Oncologia: tumores, cânceres
  •  Cardiologia: coração
  •  Coloprocotologia: intestino, reto e ânus
  •  Dermatologia: pele
  •  Endocrinologia: glândulas
  •  Genética médica: genes
  •  Ginecologia: sistema reprodutor feminino
  •  Hematologia: sangue
  •  Infectologia: infecções causadas por bactérias, fungos e vírus
  •  Mastologia: tratamentos e doenças das mamas
  •  Nefrologia: rins
  •  Neurologia: sistema nervoso
  •  Oftalmologia: olhos
  •  Otorrinolaringologia: ouvido, nariz e garganta
  •  Pneumologia: sistema respiratório
  •  Psiquiatria: problemas relacionados à saúde mental
  •  Urologia: sistema urinário e reprodutor masculino

Sempre digo que em caso de qualquer alteração ou dúvida, não deixem de procurar um médico pois eles são as pessoas que de fato vão ajudar. Aliar uma boa alimentação e hábitos saudáveis, combinado com um sorriso no rosto e acima de tudo FÉ EM DEUS (o médico dos médicos) a doença e as dores não têm espaço. 

Beijo grande e inté mais

=)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Alan Mazzoleni "Somos todos mestres e alunos, cada um com a sua história".

Pelo pouco que conheço do Alan, ele é um cara bastante bem resolvido e alegre!!! Uma alegria que contagia e que faz todos o quererem sempre  por perto. Hoje vocês vão conhecer a sua história, que além de ter muito do tema "superação", traz muito de sua personalidade!!

                                                                        Alan Mazzoleni

“Acredito que somos a soma daquilo que vivemos,
e que tudo é aprendizado.
Somos todos mestres e alunos, cada um com a sua história.''

 
Minha história é igual a muitas outras e recordando minha infância com muita satisfação, lembro que foi muito bem aproveitada entre a única obrigação da época que eram os estudos, adorava andar de bicicleta, jogar futebol na quadra próximo de casa, basquete na tabela que tínhamos na rua, vídeo game, ler gibi, etc .
Ainda jovem e buscando um caminho na vida, adorava praticar esportes, viajar, conhecer lugares e pessoas, sair com amigos, organizava festas e eventos, desenvolvia trabalhos sociais no projeto “Parceiros do Futuro”, em parceria com o Governo do Estado, abrindo escolas para as comunidades durante os finais de semana para o desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e saúde. Programa pioneiro que deu origem ao programa “Escola da Família”, também fui diretor de uma ONG que desenvolvia trabalhos educacionais e esportivos com jovens ... Dormia pouco para aproveitar intensamente a vida.

 
                                                     Alan com amigos, antes do acidente.

Aos 26 anos, no dia 20 de setembro de 2004, estava a caminho de casa sentado no banco do carona, , quando num cruzamento outro carro ultrapassou o farol vermelho e acertou o carro em que eu estava, e com impacto meu pescoço chicoteou causando uma lesão medular na altura das vértebras cervicais seis e sete me deixando tetraplégico. De um segundo para outro perdi todos os movimentos e sensibilidade do corpo. Mesmo com a imprudência do outro motorista que avançou o farol vermelho colidindo no carro que eu estava no banco do passageiro, sei que foi uma fatalidade que pode acontecer com qualquer pessoa e acontece.

As mudanças foram imensas, apesar do choque de se tornar tetraplégico e das consequentes dificuldades, como depender dos outros pra quase tudo, eu que sempre fui independente, precisava de ajuda para tudo, até para beber água., recebi muito apoio e ajuda para continuar tendo forças a lutar; minha família, os amigos “que pra mim são a família que podemos escolher”, foram todos essenciais pra chegar onde cheguei. “Amar a vida me fez lutar.''

Alan, no hospital, depois do acidente.
 
             
                                                            Alan, com seus amigos, em diversos momentos.

Fui operado no hospital estadual Mario Covas onde comecei a fazer fisioterapia durante a internação, fiz reabilitação nos centros de reabilitação Fundação Sarah Kubitschek e a Divisão Médica de Reabilitação do H.C. onde têm excelentes profissionais... Tudo isso contribuiu para uma rápida reabilitação, ajudou-me a compreender e superar o que havia acontecido comigo, assim aprendi a me adaptar e conviver com a nova situação, percebendo que podia dar continuidade a os meus caminhos.
Conhecendo as histórias de outras pessoas com deficiência que são felizes e tem ótima qualidade de vida, percebi que todos têm limitações, mas todos tem capacidades, habilidades, servem para alguma coisa.
Com conhecimento suficiente voltei as atividades, após um tempo voltei a cursar faculdade e no fim de 2008 me formei em Gestão Logística na universidade Metodista. Assim como voltei organizar festas e eventos. Após três meses do acidente comecei um namoro que durou 7 anos. Tirei minha
carteira de habilitação pra dirigir carro adaptado. Tive muitas conquistas nesses anos, sempre buscando uma melhor qualidade de vida.
Mesmo com apenas o movimento do braços e um pouco do tronco voltei a praticar atividades físicas que pra mim é essencial, faz bem pra mente e pro corpo, comecei a nadar, depois fui jogar rúgbi em cadeira de rodas pelo Tigres QuadRúgby, voltei a fazer academia, puxar ferro usando algumas adaptações pra segurar os aparelhos. Após o acidente engordei muito e mesmo com essas atividades não estava conseguindo perder peso, e muito pesado não consegui desenvolver essas atividades da melhor forma possível, até emagrecia e engordava de novo, até um ano e meio atrás decidi que iria emagrecer de vez, mudei a alimentação e comecei a correr com minha cadeira de rodas. Hoje faço 9km em 1h e 30min, já perdi muitos e muitos quilos e está faltando pouco pra ficar em boa forma. Mudando pra muito melhor minha qualidade de vida e auto estima.

 

Devido à experiência em projetos governamentais e em algumas organizações não governamentais ”ONGs”, voltadas para o social e inclusão, no final de 2007, me uniu com um grupo de amigos e profissionais e criamos a ONG “Viva as diferenças”. Projetada para lutar pelos direitos das pessoas com deficiência na região do grande ABC.
Gostaria que as pessoas olhassem mais para os potenciais das pessoas com deficiência do que para suas deficiências. Que o governo e a população respeitem e cumpram de verdade todas as leis, como por exemplo, as de vagas de estacionamento, de acessibilidade em locais públicos e privados, de transporte, a lei de cotas de trabalho e muitas outras. Acredito que assim a pessoa com deficiência pode ser protagonista da própria história.
Agora em 2013 junto com minha amiga Mariane Santana estreiamos um Programa na Rádio ABC - AM 1570 que trata de temas relacionados às pessoas com deficiência.
Todo sábado das 9h às 10h da manhã. Toda semana o programa traz convidados diversos, para tratar de assuntos como educação, transporte, cultura, esporte, política e muito mais. Para ouvir sintonize rádio ABC - AM 1570 ou http://www.radioabc.com.br/
 



“Acredito que somos a soma daquilo que vivemos, e que tudo é aprendizado. Somos todos mestres e alunos, cada um com a sua história.''
 
Alan na Mídia!! Conheça mais do Alan:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

domingo, 1 de setembro de 2013

O essencial é invisível aos olhos...

Estava aqui remexendo em minhas coisas e encontrei um livro que gosto muito, e volta e meio pego para reler, é um livro até meio infantil, mas que traz muitas mensagens importantes. “O Pequeno Príncipe – Antoine de Saint-Exupéry”.

É muito bom poder compartilhar certos momentos com todos, e mostrar que todos nós temos nossos momentos de reflexão, e isso é muito bom, para analisar os fatos e pensar em coisas que as vezes não paramos para pensar durante a correria de todo dia a dia, crescer e avaliar nossas atitudes.
 

Como estava dizendo antes, eu vou falar um pouco sobre o livro – quem tiver oportunidade leia, é realmente muito bom, eu até já citei ele em outro post (dá pra ver que gosto mesmo...kkkk) - tem um capítulo nele que é quando o príncipe encontra a raposa, e ela pede para que ele a cative:

 “ tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tem necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...” “os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.” E disse ainda: “Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos...”

 
Algumas palavras simples e que nos fazem pensar em tanta coisa, todo ser humano é único nas suas qualidades e defeitos, e podemos ter nossos dias de TPM, de baixo astral, isso é normal em qualquer pessoa. Mas não podemos esquecer desses detalhes essenciais de nossa vida – cativar – sempre nos tornamos únicos ao olhar do próximo, a vida de cada ser é única e especial, e vocês sempre devem se sentir assim: especiais!!!

Agradecer o simples fato de respirar, de abrir os olhos e se sentir vivo. Pois é, Deus está te presenteando com mais um dia. Acordar e sentir aquele sol no rosto, sentir apenas o vento, tomar chuva. Esses dias mesmo, eu fui lá para o fundo de casa e um casal de bentevi estava tomando a água da piscina. E pensei, quanto tempo a gente leva apreciando a natureza? Quase nenhum não é mesmo?!

E de repente os nossos problemas se tornam pequenos, e a grandeza da vida se torna maior que tudo. Vamos cativar o próximo.  Que tal acordar olhando com o coração?! Pois realmente o essencial é totalmente invisível aos olhos!!! Até a próxima! Beijos