sexta-feira, 17 de julho de 2015

Elisangela Piacentini, Bióloga, 39 anos, casada, mãe de João Pedro e Ana Luiza.


Hoje trago para vocês a história linda de Elisangela Piacentini. Mulher forte e pioneira em uma das mais avançadas técnicas de reprodução humana.


"Me casei aos 28 anos e pra minha alegria tive meu filho João Pedro aos 29 de parto normal.  Quando ele tinha seis meses de vida, percebi que ele tinha um atraso no desenvolvimento, começamos então a investigar e com um ano de vida recebi o diagnóstico que mudou completamente nossas vidas, meu filho era portador de Distrofia Muscular de Duchenne, e neste mesmo momento fui informada que eu também era portadora e sintomática, um caso raro na medicina, pois, poucas mulheres tem sintomas de DMD. Daí pra frente foi muita luta, tínhamos uma rotina juntos, eu e meu filho de fisioterapia, hidroterapia e consultas médicas. Mas isso não impediu de fazer as outras atividades do dia a dia, como trabalho, escola, passeios e etc. Com 5 anos, meu filho foi pra cadeira de rodas e com 7 anos partiu em consequência de uma pneumonia que o levou a uma infecção hospitalar. Mas sempre viveu com intensidade e alegria, foi alfabetizado muito cedo e era muito inteligente e hoje meu companheiro faz muita falta, e o que me sobrou foi o amor e a lição de vida que ele me deixou de nunca desistir. Hoje continuo fazendo meu tratamento e tenho alguns sintomas como fadiga e fraqueza muscular, dificuldade com escadas e no levantar, mas bem mais sútil do que nos meninos. Antes de partir meu filho me pedia uma irmã e dizia que o nome dela seria Ana Luiza. Depois de sua partida, eu e meu marido decidimos tentar ter outro filho e começamos a pesquisar a possibilidade de ter a criança livre da Síndrome de Duchenne, pois, não queríamos passar por essa dor de novo e tão pouco fazer isso com nosso futuro filho, sabendo que é tudo muito difícil. Descobrimos que isso seria possível mesmo sabendo que a chance de eu ter outro filho com a Síndrome era de 25% e partimos então para a busca de nosso sonho e do meu pequeno João Pedro. Fiz um tratamento de fertilização com PGD onde os embriões seriam analisados para avaliar se seriam portadores da Síndrome de Duchenne e para nossa alegria tínhamos embriões livres da patologia, fizemos então a transferência de 1 embrião e finalmente o resultado não podia ser melhor, deu positivo e descobrimos que será uma menina, que o meu filho tanto pedia e que não poderia receber outro nome, a não ser Ana Luiza. E assim vamos continuar nossa família e tentar preencher um pouco do vazio que o meu príncipe João Pedro deixou com a graça de Deus. Um abraço e que o Senhor possa abençoar a todos, assim como tem abençoado a minha família." Elisangela Piacentini, Bióloga, 39 anos, casada, mãe de João Pedro  e Ana Luiza. 


Ficou interessado em saber mais detalhes de como a Elisangela conseguiu engravidar de um bebê  saudável, sem a sua doença  genética ?  Assista a matéria do Hoje em dia sobre essa história : Matéria no Hoje em Dia

Fica aqui meu agradecimento pelo depoimento da Elisangela para o inPerfeitas, pela coragem em atender um desejo do seu filho e em ser pioneira , tenho certeza que irá ajudar muita gente! Muitos beijos na família linda😊😍😍😘😘😙😚