Em tempos de luta por direitos e discussões sobre os deveres de cada um, uma pergunta ainda fica no ar:
“Sabemos qual é o nosso papel na sociedade? E mais ainda, sabemos de fato respeitar e conviver com as diferenças? ”
Já ouvimos a expressão “A
quem julgar o meu caminho, empresto meus calçados”, mas do que ela trata
afinal? De empatia. A tão
necessária e difícil pratica para o bem viver e evoluir em sociedade.
Muitas vezes atropelamos ou negligenciamos o direito de
outra pessoa, justificando com a desculpa da falta de tempo ou que “tal
situação é isolada” e que nada podemos fazer para melhorar.
Coisas simples como o acesso à educação, a possibilidade de
se expressar como indivíduo, são direitos universais, mas que para algumas
pessoas está bem longe de ser vivido em sua plenitude.
Porque a empatia é tão importante?
Sabemos que a empatia é a capacidade de se colocar no lugar
do outro, tornando-nos capazes de compreender melhor suas atitudes.
Este exercício nos proporciona experimentar outras visões e
realidades diferentes das nossas, levando em conta aspectos antes ignorados por
nós.
A vida em sociedade nos permite essa interação, e é de
fundamental importância que possamos usufruir tudo o que essa troca pode nos
trazer. O comportamento das pessoas é influenciado em grande medida pelo seu
contexto cultural. Por vezes, pode ser extremamente difícil entender outra
pessoa.
“A habilidade de aceitar e conviver bem com a diversidade nos torna
mais empáticos e tolerantes. ”
O exercício da tolerância
Nos deparamos com pessoas de cabelos coloridos, com
piercings, tatuagens, gordas/magras, altas/baixas, brancas/negras, com alguma
prótese visível ou apenas uma cadeira de rodas. Uma riqueza de diversidade, com
vários gostos e opiniões.
Das várias bandeiras levantadas nas causas sociais, uma das
causas que mais militamos é a da inclusão educacional de pessoas comdeficiência. Buscamos sensibilizar e trazer para o grande grupo, a sociedade, a
dificuldade de acesso e permanência das pessoas que possuem algum tipo de
limitação física nas escolas.
Salas de aula inacessíveis, professores desabilitados, escolas
sem recursos para inclusão, proporcionam uma limitação ainda maior das que
essas pessoas convivem.
Histórias de superação regadas a muita força de vontade,
fazem despertar um sentimento que vai muito além da revolta. Nos faz refletir
sobre respeito, tolerância e empatia. Diferenças que nos fazem sair da nossa
zona de conforto e analisar se as coisas “funcionam” da mesma maneira para
todos. Nos fazem querer ser agentes de mudança.
Perspectivas de mudança
Essa experiencias de vida aliadas a uma política educacional
inclusiva fortalece o contexto de sociedade. Este fluxo de conhecimentos,
práticos e teóricos, traz consigo soluções para novos e velhos problemas
relacionados a inclusão.
Proporcionar uma melhor e maior interação entre esses grupos
de pessoas, trazer à tona suas necessidades e mostrar o quanto esta troca é
positiva e rica.
A quebra de paradigmas não é algo aterrorizante, faz parte
de todo processo evolutivo. Ampliar as salas de aula, preparar profissionais
para receber este público, tornando o ensino interativo e dinâmico para todos.
“Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas
principalmente com os desconhecidos ou mesmo com personalidades antagônicas.
Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e
vontade, para se colocar no lugar do outro e experimentar uma nova perspectiva.
Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser diariamente cultivada.
”
A semente está lançada, e queremos levantar mais debates e
discutir ideias que possam sair do papel e transformar a cara da nossa
sociedade.
Partindo do micro para mudarmos o macro!
Beijos e inté mais
=)
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