segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A tão temida cirurgia para correção da escoliose - Como tudo começou.

Olá pessoas queridas do meu coração, como estão tod@s?! Como eu já havia dito, nesses dias vou começar a trazer para vocês o que fiz nesse período de recesso e espero que de alguma forma possa ajudar. E como o processo para a realização da minha cirurgia foi longo, resolvi dividir em postagens sequenciais para que possam acompanhar sem se tornar uma leitura chata e não transformar "meu causo" num artigo cientifico ;)

Todos falaram de crise, de momento de renovação... mas o "meu momento" começou no final de 2016. Sabe quando de repente suas certezas caem por terra? Você perde uma amiga/irmã que ama? Você chora, se sente pequena e insegura, mas a única/melhor opção que você tem é ser forte? Pois bem, foi isso que fiz. Tentei tirar a melhor lição de tudo aquilo e segui em frente. Não foi fácil mas era o que podia fazer, e ao longo do novo ano, 2017, pude sentir como é bom ser amada (vez ou outra posso me dar a esse luxo tá não me julguem kkkkk). Meus amigos foram aparecendo e trazend
o o conforto e consolo que eu tanto precisava. Fosse de perto, fosse pela internet, eu não fiquei só. Esse foi o ano de curar o coração, ano de se sentir querida e importante, coisa que nunca tinha sentido com tanta intensidade. E com a recuperação do coração em andamento, precisava pensar em outras coisas. 

Eu sempre brincava com a minha coluna, a chamava de "lombada", de "S do Senna", e de um tempo
pra cá eu estava tendo muitas dores e já não aguentava ficar muito tempo sentada na cadeira de rodas. E isso me prejudicava muito, no lado profissional, pois eu precisei faltar alguns dias no trabalho devido as fortes dores sem ter condições de sair da cama de tanta dor. E também atrapalhava as saídas com minhas amigas. Eu também não me sentia confortável para curtir um show ou sair para um barzinho, as dores eram insistentes e não me davam opção de ficar sentada e sorridente. Sair e ficar com cara feia de dor ninguém merece né?! Por isso fui deixando de fazer muita coisa que gosto e isso não era justo, eu tinha que encarar logo o meu ortopedista e resolver o problema com a minha coluna.

Fui ao médico, e ele já de cara soltou uma graça: "É né D.Wivian, a senhorita finalmente resolveu me procurar. Correndo de mim desde 2012. Tomou coragem foi?!" Eu dei aquele sorriso amarelo, e falei que agora não era mais questão de ter ou não ter coragem, mas que a dor que eu estava sentido não dava mais pra aguentar. Ele me passou várias radiografias e exames de sangue para analisar a minha coluna e ver o que eu precisava. Me explicou que eu não tivesse medo da cirurgia pois a medicina tinha evoluído bastante, e que a recuperação seria rápida e menos dolorosa. Eu falei que tinha medo devido a complexidade da cirurgia, pelo fato da minha idade (sim querid@s pessoas, eu não sou nenhuma adolescente apesar da minha carinha angelical kkkkkkkk) e por eu ser magrela. Mas o Dr Túlio me acalmou e disse que todas essas minhas características não eram agravantes de nada, e que só poderia dizer algo mais preciso após ver os resultados dos meus exames. A primeira "luta" foi encontrar uma clinica acessível para que eu pudesse fazer as radiografias, e graças a Deus encontrei e "virei freguesa", só quem é cadeirante sabe a dificuldade que é a de encontrar um local acessível. Passado isso, levei todos os exames para o Dr Tulio e de cara fiquei feliz em ver que apesar da minha dieta não ser lá essas coisas, minhas taxas estavam normais (ufa né, uma preocupação a menos) mas a bomba veio depois. Ele explicou que para realizar uma cirurgia de escoliose, a curvatura da coluna deve ter mais que 40 graus de angulação, menos que isso o tratamento da escoliose era feito através de coletes e adaptações na cadeira de rodas. Quando ele colocou o meu raio x para medir a angulação, eu não acreditei no que vi. Ele mediu 104 graus!!! Eu fiquei chocada e tentei visualizar aquilo tudo em mim.
Raio X da minha coluna.
Ele falou que agora a cirurgia não era mais opcional e que eu precisava fazer o quanto antes, pois apesar da curvatura estar muito grande nenhum órgão estava comprometido mas devido a minha patologia de base (a distrofia muscular) ser progressiva, que a tendência era daquela curvatura aumentar e aí sim agravar o meu quadro. Ele viu que fiquei com medo, e foi muito sensível me tranquilizando. Pediu que eu conversasse com minha mãe, e que a levasse lá no consultório para tirar as dúvidas com ele. Imaginei a reação da minha mãe, minha companheira de aventuras, e como eu ficaria depois disso tudo. Tanta coisa passou na minha cabeça, do quanto essa cirurgia iria mudar a minha vida e pra variar a maioria foi só bobice kkkkkk Eu pensei que ia ficar mais alta, que ia ter uma postura elegante, que ia ficar saradona kkkkkkkkk As dores do pós cirúrgico eu me contentei em saber que não sofreria muito.

Daí em diante, passei a pesquisar na internet informações da cirurgia, ver depoimentos de quem passou pelo processo e ver como foi a recuperação. A nossa amiga Luciana Marques, foi uma ótima consultora. Ela também passou por esse procedimento e até hoje me acalma quando a procuro com dúvidas. Minha família ficou preocupada e bastante apreensiva, pois o procedimento era muito grande e eu ia precisar de uma estrutura pronta para a minha recuperação. Nos unimos nesse novo projeto e começamos a correr atrás da cirurgia.
Não percam as emoções dos próximos capítulos kkkkkkk

Beijos e inté mais
=)

2 comentários:

  1. Deus Capacita cada Filho Dele, e você é uma Filha muito Amada. zenilda ciadastrufasoficial

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