O teatro da UFPE é totalmente
desorganizado e sem estrutura para receber alguém com deficiência física. Minha
prima comprou os ingressos um dia antes e já havia me avisado: "Lu, teremos que 'abrir o bocão', porque
o local onde comprei não pode ficar cadeirantes e eles disseram que você vai
ter que ficar distante da gente." Eu falei: "Chegando lá a gente
resolve, abriremos o bocão!"...rs
Já no teatro, o diretor/organizador
pediu para seguir por baixo, pois a entrada para deficientes físicos não
poderia ser feita ali, onde todos entravam. Estranhamente o acesso para
deficientes físicos é o mais distante e com mais obstáculos. Logo quando
entramos no teatro, surgiu a dúvida de onde sentaríamos. Foi então que perguntamos
ao "tal moço da organização", que ficou mudo e em nada nos ajudou. Nesse
momento eu falei: "Vamos ficar por aqui mesmo, nessa primeira fila do
corredor. Se alguém aparecer para sentar aqui, a gente conversa". Rezando
para que fossem dois casais que não quisessem sentar juntos, pois tinham 4
vagas...
Foi o que fizemos, mas logo depois
chegaram dois casais (amigos para minha tristeza) dizendo que o local deles era
ali. E então, foi aquela agonia para desenrolar outro lugar para ficarmos. As
meninas foram falar com o tal moço da organização e ele veio explicar que o
teatro era antigo e não existia um lugar reservado para deficiente físico.
Pense numa novela! O rapaz de um desses dois casais estava recém operado do
joelho e não poderia ficar em outro lugar, pois precisava esticar a perna. Então,
"teria" que ser o outro casal a mudar de lugar e a menina ficou
danada da vida (com razão), porque realmente ela pagou para estar naquele
lugar...então imaginem a confusão que foi feita! Conversa vai, conversa vem...
A menina falou: - Que fique claro que eu só estou saindo por ela (apontando
para mim)! Eu queria me afundar na cadeira, sempre "movimento" os
lugares por onde ando...rsrsrs. Mas não tive culpa e o teatro da UFPE me
colocou em constrangimento.
Felizmente ou infelizmente, dependendo
do ponto de vista, só tinha eu de deficiente por ali. Nessas horas que penso:
Bora sair de casaaaa meu povoooo! O teatro da UFPE e tantos outros lugares
precisam ser acessíveis, tanto no quesito ergonomia, quanto estrutura. Apesar
de todo esse furacão que se alastrou com minha passagem, a peça foi maravilhosa
e você sai se achando a amiga íntima da atriz Mônica Martelli, talentosíssima! rsrs
Mayara, Stella e Eu
Beijosss
Pois já liguei para o teatro da UFPE,me informaram que era acessível.
ResponderExcluirAlém da falta de acessibilidade a uma falta de informação e capacitação dos
funcionários do local uma pena.