Olá pessoal, hoje venho apresentar a todos, mais um colaborador do nosso blog: Alessandro Fernandes, ele tem um blog muito bom o Blog do Cadeirante http://www.blogdocadeirante.com.br, não deixem de conferir, lá tem ótimas dicas. E uma vez por mês ele estará nos trazendo uma matéria diferente.
Dirigindo seu carro |
O dia a dia de um cadeirante não é fácil. Começa,
literalmente, ao levantar. Levantar da cama sem ter todos os músculos para
ajudar pode se tornar uma tarefa complicada. No Hospital Sarah, a gente aprende
a rolar na cama e levantar usando os músculos que funcionam, mas eu descobri um
pequeno detalhe que ajuda mais: colchão com pillow top. É aquela camada de
espuma por cima do colchão, que deixa uma pequena aba na lateral.
Segurando esta aba, levantar fica mais fácil. Aí vem mais um desafio: vestir roupa. Tem gente que prefere se vestir deitado, acham mais fácil, mas eu prefiro sentado na cadeira. A técnica que uso para vestir calça é puxar a calça até o meio da coxa, me apoiar nos para lamas da cadeira e, segurando a calça com os dedões, “pulo” dentro da calça. Depois, para acertar, enfio a mão pelas costas e puxo a calça até acertar. Uma dica que dou é preferir calças de tecido escorregadio, como nylon e aqueles de calças sociais. Eu uso calça social todo dia para trabalhar, ela facilita entrar e deslizar o corpo.
Segurando esta aba, levantar fica mais fácil. Aí vem mais um desafio: vestir roupa. Tem gente que prefere se vestir deitado, acham mais fácil, mas eu prefiro sentado na cadeira. A técnica que uso para vestir calça é puxar a calça até o meio da coxa, me apoiar nos para lamas da cadeira e, segurando a calça com os dedões, “pulo” dentro da calça. Depois, para acertar, enfio a mão pelas costas e puxo a calça até acertar. Uma dica que dou é preferir calças de tecido escorregadio, como nylon e aqueles de calças sociais. Eu uso calça social todo dia para trabalhar, ela facilita entrar e deslizar o corpo.
Vestido e pronto pra luta, vem o que considero um dos
principais desafios: locomoção. Ônibus? Táxi? Carona? Carro próprio? Eu sempre
recomendo a última opção. Carro próprio te dá liberdade, independência.E com as
isenções que temos direito, fica mais fácil adquirir um veículo e adaptar. E
acho o trânsito um dos locais mais inclusivos que existem, todo mundo ali está
sentado, fazendo a mesma coisa, com os mesmos direitos.
Aí me dizem: “não trabalho, não tenho grana para comprar
carro que faço para sair de casa todo dia?” Transporte público, ou então se o
pai ou a mãe puder te levar, eles podem comprar um carro com isenção do mesmo
jeito, mesmo só para te levar, pois agora deficiente não condutor tem isenção
total de impostos. Ok, ainda tá difícil? Não tem uma linha de ônibus adaptado
perto da sua casa? Peça na prefeitura. Justifique, brigue, corra atrás.
Trabalhando |
E para conseguir emprego, tá difícil? Sim, é muito difícil,
principalmente em empresas privadas. A maior parte das vagas que as empresas
reservam para deficiente é de baixa qualificação e complexidade. A dica que
dou, então, é concurso público. Entre num curso preparatório, estude, e busque
sua vaga. Infelizmente, é a melhor opção para um deficiente conseguir um bom
emprego e ser respeitado como igual. Tem muito deficiente que recebe
aposentadoria por invalidez e acha que não vale a pena correr atrás de emprego,
pois vai se desgastar e não vale a pena. A verdade é que, correndo atrás de
emprego, é possível conseguir receber duas, três, quatro ou mais vezes o que o
INSS paga. E com isso melhorar sua qualidade de vida.
Com sua esposa em momento de lazer |
Ao final de um dia de trabalho, ou no fim de semana, hora de
relaxar, sair com os amigos ou com a namorada. Fácil? Também não. Nesse quesito
sugiro sempre o planejamento. Procure informações sobre o lugar, se tem
estacionamento perto, se tem acesso para cadeira de rodas, se tem banheiro
adaptado, se a mesa é adequada para cadeira de rodas. O ideal é ligar para o
lugar escolhido e confirmar todas estas informações antes de sair de casa, para
não passar raiva.
No fim das contas, a dica mais importante é: corra atrás. Não fique parado, não se deixe vencer pela deficiência. Não tenha vergonha de sair na rua, de dar a cara a tapa. É perfeitamente possível ser feliz em uma cadeira de rodas, muito mais do que muita gente que anda. É só correr atrás. Ou, no nosso caso, rodar."
Espero que tenham gostado. Até a próxima! Beijos
Bom eu ando tentando minha aposentadoria por invalidez pela justiça já que o inss não concede.Existe o fator que estando no mercado pode se ganhar mais, mas não ando animado para enfrentar apenas sub-emprego.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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ResponderExcluiré a primeira vez que vejo esse Blog e gostei.
ResponderExcluirTenho uma pergunta,
Como um cara pode fazer um pic nic, com a namorada?
sem mesa.
Olá Jan, bem você me deixou com "o tico e teco nervosos" kkkkkkkkkk vai depender do local que você monte seu picnic (parque, praia, campo ...) e também da tua capacidade física, a possibilidade de transferência da cadeira ... depois de analisado isso, é só curtir com a sua amada. Frutas, sanduiches, suco, água, uma música legal pra dar um clima.
ExcluirMuito bom esse post. Sabem de algum kit de motorização para cadeira de rodas, com preço acessível, e onde comprar? Desde já agradeço.
ResponderExcluirNOSSA,É ISSO AI ESTOU PASSANDO POR ESA FASE DE LEVANTAR A CABEÇA,BORA SER FELIZ....
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