sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

A romaria para a liberação da cirurgia

Olá pessoas, tudo bem?! A última vez que falei com vocês contei um pouquinho sobre a aceitação da necessidade da cirurgia corretiva de escoliose, e sobre outras "cositas mais".

Bem, até a cirurgia acontecer tive que percorrer um longo caminho, o plano de saúde não me ajudou e tive que penar um pouquinho para fazer a cirurgia. O Dr. Túlio, meu querido ortopedista, deu entrada no pedido da cirurgia no mês de abril/2017, mas o plano de saúde não autorizou. Não concordava com a quantidade dos materiais que o meu médico tinha solicitado, e só queria liberar metade da minha cirurgia. Isso mesmo, METADE da cirurgia. Acionei a ouvidoria do plano de saúde, enviava quase que semanalmente os laudos com especificações cada vez mais detalhadas da minha deficiência e da necessidade da cirurgia. Mas nada foi suficiente para convencê-los. O plano de saúde passou então a oferecer médicos "alternativos" para poder refazer minha avaliação e me dar um outro parecer. Resumindo, o plano de saúde estava interessado em baratear custos e "nem aí" para a minha necessidade. Chegou ao cúmulo deles indicarem o mesmo médico para me acompanhar, só provando que não tinham a menor idéia do que estavam lidando. Fico triste e indignada em ver que não passamos de meros contribuintes, somos números. Tenho esse plano de saúde há muito tempo e nunca o usei para nada complexo, nada além de consultas e exames de rotina. Nenhuma mensalidade em aberto e mesmo assim, nenhum respeito pelos meus direitos e necessidades.
Tentei a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) por várias vezes mas não obtive êxito. A ANS explicava que o plano de saúde não estava agindo de má fé, pois não estava negando a cirurgia, mas autorizando parte dela. Nessa hora eu usei a minha educação britânica, e perguntei: "Como se faz metade de uma cirurgia hein? Um parto uma cirurgia coronária.... e ainda mais uma de escoliose?"
Em meio a esse impasse e necessidade da cirurgia, tive que recorrer a justiça comum para poder realizar a minha cirurgia. Não queria ir a justiça para resolver nada, eu estava cansada e acho desgastante ter que "brigar" por um DIREITO, mas como bem sabemos as coisas só acontecem aqui no nosso país se for desse jeito né. Enfim, no final do mês de agosto consegui a liminar do juiz, e a cirurgia foi marcada para o dia 06/07.

Com data marcada, agora só restava eu me preparar e receber as últimas instruções do meu médico. Ele falou que a cirurgia teria duração de 10 a 12 horas, e que eu ficaria internada por 5 dias, sendo dois deles na UTI devido complexidade da cirurgia e em seguida iria para o quarto para me adaptar e ter alta. Eu não precisaria usar coletes ou nenhuma órtese de sustentação na minha coluna, e já sairia sentada na minha cadeira de rodas. Eu fiquei empolgada com o tempo de recuperação e tratei de escalar as minhas amigas para me acompanharem no hospital, e também corri atrás de deixar alguém para me dar o suporte aqui em casa. Ansiosa, esperançosa, cheia de planos pós operatório, mas sem medo. Durante toda essa romaria e estresse, fui recebendo os abraços e carinho de amig@s e familiares que não me deixavam desanimar, me davam força e incentivo para seguir em frente. E apesar de toda essa correria louca, conheci uma pessoa muito especial que mesmo distante se fez presente, e que também me ajudou a sorrir nas horas de desânimo. Que sempre deixava uma mensagem e perguntava por mim para minhas amigas e minha mãe. Sou uma sortuda não é mesmo?!
Com a equipe montada, fui fazer a minha cirurgia.

Beijos e inté o próximo capítulo
=)


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

A tão temida cirurgia para correção da escoliose - Como tudo começou.

Olá pessoas queridas do meu coração, como estão tod@s?! Como eu já havia dito, nesses dias vou começar a trazer para vocês o que fiz nesse período de recesso e espero que de alguma forma possa ajudar. E como o processo para a realização da minha cirurgia foi longo, resolvi dividir em postagens sequenciais para que possam acompanhar sem se tornar uma leitura chata e não transformar "meu causo" num artigo cientifico ;)

Todos falaram de crise, de momento de renovação... mas o "meu momento" começou no final de 2016. Sabe quando de repente suas certezas caem por terra? Você perde uma amiga/irmã que ama? Você chora, se sente pequena e insegura, mas a única/melhor opção que você tem é ser forte? Pois bem, foi isso que fiz. Tentei tirar a melhor lição de tudo aquilo e segui em frente. Não foi fácil mas era o que podia fazer, e ao longo do novo ano, 2017, pude sentir como é bom ser amada (vez ou outra posso me dar a esse luxo tá não me julguem kkkkk). Meus amigos foram aparecendo e trazend
o o conforto e consolo que eu tanto precisava. Fosse de perto, fosse pela internet, eu não fiquei só. Esse foi o ano de curar o coração, ano de se sentir querida e importante, coisa que nunca tinha sentido com tanta intensidade. E com a recuperação do coração em andamento, precisava pensar em outras coisas. 

Eu sempre brincava com a minha coluna, a chamava de "lombada", de "S do Senna", e de um tempo
pra cá eu estava tendo muitas dores e já não aguentava ficar muito tempo sentada na cadeira de rodas. E isso me prejudicava muito, no lado profissional, pois eu precisei faltar alguns dias no trabalho devido as fortes dores sem ter condições de sair da cama de tanta dor. E também atrapalhava as saídas com minhas amigas. Eu também não me sentia confortável para curtir um show ou sair para um barzinho, as dores eram insistentes e não me davam opção de ficar sentada e sorridente. Sair e ficar com cara feia de dor ninguém merece né?! Por isso fui deixando de fazer muita coisa que gosto e isso não era justo, eu tinha que encarar logo o meu ortopedista e resolver o problema com a minha coluna.

Fui ao médico, e ele já de cara soltou uma graça: "É né D.Wivian, a senhorita finalmente resolveu me procurar. Correndo de mim desde 2012. Tomou coragem foi?!" Eu dei aquele sorriso amarelo, e falei que agora não era mais questão de ter ou não ter coragem, mas que a dor que eu estava sentido não dava mais pra aguentar. Ele me passou várias radiografias e exames de sangue para analisar a minha coluna e ver o que eu precisava. Me explicou que eu não tivesse medo da cirurgia pois a medicina tinha evoluído bastante, e que a recuperação seria rápida e menos dolorosa. Eu falei que tinha medo devido a complexidade da cirurgia, pelo fato da minha idade (sim querid@s pessoas, eu não sou nenhuma adolescente apesar da minha carinha angelical kkkkkkkk) e por eu ser magrela. Mas o Dr Túlio me acalmou e disse que todas essas minhas características não eram agravantes de nada, e que só poderia dizer algo mais preciso após ver os resultados dos meus exames. A primeira "luta" foi encontrar uma clinica acessível para que eu pudesse fazer as radiografias, e graças a Deus encontrei e "virei freguesa", só quem é cadeirante sabe a dificuldade que é a de encontrar um local acessível. Passado isso, levei todos os exames para o Dr Tulio e de cara fiquei feliz em ver que apesar da minha dieta não ser lá essas coisas, minhas taxas estavam normais (ufa né, uma preocupação a menos) mas a bomba veio depois. Ele explicou que para realizar uma cirurgia de escoliose, a curvatura da coluna deve ter mais que 40 graus de angulação, menos que isso o tratamento da escoliose era feito através de coletes e adaptações na cadeira de rodas. Quando ele colocou o meu raio x para medir a angulação, eu não acreditei no que vi. Ele mediu 104 graus!!! Eu fiquei chocada e tentei visualizar aquilo tudo em mim.
Raio X da minha coluna.
Ele falou que agora a cirurgia não era mais opcional e que eu precisava fazer o quanto antes, pois apesar da curvatura estar muito grande nenhum órgão estava comprometido mas devido a minha patologia de base (a distrofia muscular) ser progressiva, que a tendência era daquela curvatura aumentar e aí sim agravar o meu quadro. Ele viu que fiquei com medo, e foi muito sensível me tranquilizando. Pediu que eu conversasse com minha mãe, e que a levasse lá no consultório para tirar as dúvidas com ele. Imaginei a reação da minha mãe, minha companheira de aventuras, e como eu ficaria depois disso tudo. Tanta coisa passou na minha cabeça, do quanto essa cirurgia iria mudar a minha vida e pra variar a maioria foi só bobice kkkkkk Eu pensei que ia ficar mais alta, que ia ter uma postura elegante, que ia ficar saradona kkkkkkkkk As dores do pós cirúrgico eu me contentei em saber que não sofreria muito.

Daí em diante, passei a pesquisar na internet informações da cirurgia, ver depoimentos de quem passou pelo processo e ver como foi a recuperação. A nossa amiga Luciana Marques, foi uma ótima consultora. Ela também passou por esse procedimento e até hoje me acalma quando a procuro com dúvidas. Minha família ficou preocupada e bastante apreensiva, pois o procedimento era muito grande e eu ia precisar de uma estrutura pronta para a minha recuperação. Nos unimos nesse novo projeto e começamos a correr atrás da cirurgia.
Não percam as emoções dos próximos capítulos kkkkkkk

Beijos e inté mais
=)

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Recomeçando em 3 2 1

Olá pessoas!! Quanto tempo né! Saudades de escrever e dividir com vocês as minhas pitangas kkkkk

Peço milhões de desculpas pela ausência, pelo silêncio mas eu precisava organizar umas coisas em mim, e não estaria sendo verdadeira com vocês se eu aparecesse antes do tempo certo. Como pregar otimismo e confiança quando você não está bem? Impossível né.
É como a borboleta, se apressá-la para sair do casulo antes do tempo as suas asas não se desenvolvem corretamente e em pouco tempo ela e torna alvo fácil para os predadores. 
Precisava deste tempo para colocar as coisas em ordem, e foi bom pois estou cheia de novidades para contar para vocês. E pensando nisso eu vou precisar da ajuda de vocês, quero saber como vocês estão, o que fizeram de legal nesses últimos meses, o que deixaram para trás e o que começaram com força total. Quero vocês de volta! kkkkkkkkkkk (Sentiram o nível da carência né, pois bem, se acostumem!) :p 


Nesses últimos meses tive que superar muita coisa, a perda de pessoas queridas, mudanças pessoais, o nascimento do meu sobrinho e a minha cirurgia da coluna. Ano agitado demais viu kkkkkkk Prometo ir contando devagarinho tudo e espero poder ajuda-l@s a passar por situações semelhantes. O ano já começou e com ele novos planos e metas para realizarmos não é?! Sugiro que antes de qualquer "Esse ano eu vou..." que deem uma respirada longa, se olhem no espelho e vejam o que realmente te emociona e o que te traz alegria. Eu tenho feito isso e confesso que não tive vontade de amarrar meus sorrisos a metas de final/inicio de ano. Vou me esforçar ao máximo para ser o melhor que eu puder, não apenas para os outros mas/E principalmente para EU MESMA!!!!!


Pois bem querid@s amig@s do blog InPerfeitas, peço licença para voltar a fazer parte do dia a dia de vocês. E contar com os comentários e mensagens, pois essa troca é MUUUUUITO importante.

Um grande abraço em tod@s e inté mais
=)