domingo, 18 de junho de 2017

No meu e no seu lugar


Em tempos de luta por direitos e discussões sobre os deveres de cada um, uma pergunta ainda fica no ar:
Sabemos qual é o nosso papel na sociedade? E mais ainda, sabemos de fato respeitar e conviver com as diferenças? ”

Já ouvimos a expressão “A quem julgar o meu caminho, empresto meus calçados”, mas do que ela trata afinal? De empatia. A tão necessária e difícil pratica para o bem viver e evoluir em sociedade.

Muitas vezes atropelamos ou negligenciamos o direito de outra pessoa, justificando com a desculpa da falta de tempo ou que “tal situação é isolada” e que nada podemos fazer para melhorar.

Coisas simples como o acesso à educação, a possibilidade de se expressar como indivíduo, são direitos universais, mas que para algumas pessoas está bem longe de ser vivido em sua plenitude.

Porque a empatia é tão importante? 

Sabemos que a empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, tornando-nos capazes de compreender melhor suas atitudes.

Este exercício nos proporciona experimentar outras visões e realidades diferentes das nossas, levando em conta aspectos antes ignorados por nós.

A vida em sociedade nos permite essa interação, e é de fundamental importância que possamos usufruir tudo o que essa troca pode nos trazer. O comportamento das pessoas é influenciado em grande medida pelo seu contexto cultural. Por vezes, pode ser extremamente difícil entender outra pessoa.


“A habilidade de aceitar e conviver bem com a diversidade nos torna mais empáticos e tolerantes. ”

O exercício da tolerância 

Nos deparamos com pessoas de cabelos coloridos, com piercings, tatuagens, gordas/magras, altas/baixas, brancas/negras, com alguma prótese visível ou apenas uma cadeira de rodas. Uma riqueza de diversidade, com vários gostos e opiniões.

Das várias bandeiras levantadas nas causas sociais, uma das causas que mais militamos é a da inclusão educacional de pessoas comdeficiência. Buscamos sensibilizar e trazer para o grande grupo, a sociedade, a dificuldade de acesso e permanência das pessoas que possuem algum tipo de limitação física nas escolas.

Salas de aula inacessíveis, professores desabilitados, escolas sem recursos para inclusão, proporcionam uma limitação ainda maior das que essas pessoas convivem.

Histórias de superação regadas a muita força de vontade, fazem despertar um sentimento que vai muito além da revolta. Nos faz refletir sobre respeito, tolerância e empatia. Diferenças que nos fazem sair da nossa zona de conforto e analisar se as coisas “funcionam” da mesma maneira para todos. Nos fazem querer ser agentes de mudança.

Perspectivas de mudança

Essa experiencias de vida aliadas a uma política educacional inclusiva fortalece o contexto de sociedade. Este fluxo de conhecimentos, práticos e teóricos, traz consigo soluções para novos e velhos problemas relacionados a inclusão.

Proporcionar uma melhor e maior interação entre esses grupos de pessoas, trazer à tona suas necessidades e mostrar o quanto esta troca é positiva e rica.

A quebra de paradigmas não é algo aterrorizante, faz parte de todo processo evolutivo. Ampliar as salas de aula, preparar profissionais para receber este público, tornando o ensino interativo e dinâmico para todos.

“Ser empático não se restringe às pessoas que conhecemos, mas principalmente com os desconhecidos ou mesmo com personalidades antagônicas. Este é um grande esforço que demanda sensibilidade, inteligência emocional e vontade, para se colocar no lugar do outro e experimentar uma nova perspectiva. Esta é uma habilidade que pode ser aprendida, mas que precisa ser diariamente cultivada. ”

A semente está lançada, e queremos levantar mais debates e discutir ideias que possam sair do papel e transformar a cara da nossa sociedade.

Partindo do micro para mudarmos o macro!

Beijos e inté mais
=)

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