Hoje abordaremos um assunto comum
as três Marias e a milhares de pessoas que são acometidas por moléstias
genéticas graves e incapacitantes, a Distrofia Muscular. Eu sou portadora da Distrofia do tipo
cinturas, a Débora e a Luciana tem a Fácio escápulo umeral.
Vamos falar dos principais tipos,
sintomas, diagnóstico e tratamento inicial. Posteriormente iremos detalhar cada
tipo e tratamento, além de contar com a consultoria de médicos da área pra nos
dar o suporte necessário para maiores explicações e dúvidas.
A distrofia muscular é uma das alterações genéticas mais comuns em todo o mundo. De cada 2.000 nascidos vivos, um é portador de algum tipo de distrofia muscular. Essa incidência supera a de doenças como o câncer infantil, que é de aproximadamente um para 4.500 nascidos, de acordo com o Inca – Instituto Nacional de Câncer. A alteração em certos genes é responsável pela falta ou baixa produção de proteínas essenciais para o desenvolvimento da musculatura. As mulheres são portadoras assintomáticas, mas os homens manifestam a doença que pode ocorrer por herança genética recessiva, por mutação nova e espontânea do gene, ou por um erro genético durante a formação da criança.
Distrofias musculares constituem um grupo de mais de 30 doenças genéticas, muitas delas ligadas ao cromossomo X, que afetam primariamente os músculos e provocam sua degeneração progressiva. Nos últimos anos, a expectativa de vida desses pacientes em países desenvolvidos passou de 20 a 25 anos para mais de 35 anos. No Brasil, só a concessão dos BiPAPs – aparelhos não-invasivos de respiração artificial – aumentou a expectativa de vida dos afetados pela Distrofia de Duchenne entre 12 a 15 anos. Já os afetados pelas formas mais brandas de distrofia podem ter uma vida praticamente normal se diagnosticados precocemente e tratados adequadamente.
Apesar das limitações físicas, a
grande maioria dos afetados pelas distrofias musculares tem preservada sua
capacidade intelectual. A maioria dos jovens afetados freqüenta escolas comuns
e muitos chegam à universidade.
Os principais tipos da Distrofia Muscular
Mais de trinta formas diferentes
de Distrofias Musculares já foram identificadas pelos Institutos de ciência que
estudam os genes humanos. Com diferentes níveis de complexidade, todas atacam a
musculatura. Entretanto, os músculos atingidos podem ser diferentes de acordo
com o tipo de DMP.
Apesar da diversidade, os
principais tipos são:
·
DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE – DMD
Incidência: 1/3.500 nascimentos
Uma das mais comuns formas da
doença, a DMD é também a mais severa. Acontece por um defeito no gene
localizado no braço curto do no cromossomo X. A mulher tem dois cromossomos X:
se um deles estiver afetado pelo defeito, o outro compensa a alteração e a
doença não se manifesta, nos homens (XY) por possuírem apenas um cromossomo X,
não existe a compensação, fazendo com que a distrofia muscular atinja
principalmente meninos (99% dos casos), numa incidência de 1 para 3.500
nascimentos. É importante ressaltar que em 2/3 dos casos a mutação é adquirida
da mãe e, em 1/3, ocorre um erro genético, uma mutação nova quando a criança
foi gerada.
Os sintomas da DMD podem ser
observados entre os 3 e 5 anos de idade: quedas freqüentes, dificuldades para
subir escadas, correr, levantar-se do chão. Nessa última situação, o indivíduo
afetado pelas DMD faz um movimento de rolamento do corpo, ajoelha-se, apoia-se
no chão com a extensão dos dois antebraços e levanta-se com dificuldade após
colocar as mãos sobre os joelhos. Esta manobra é conhecida como sinal de
Gowers.
·
DISTROFIA MUSCULAR DE BECKER – DMB
Incidência: 1/30.000 nascimentos
masculinos.
Os sintomas e sinais da DMB são
semelhantes aos da DMD. Com início mais tardio e evolução clínica mais lenta, o
acometimento do músculo cardíaco em alguns indivíduos pode ser muito grande.
·
DISTROFIA MUSCULAR DO TIPO CINTURAS – DMC
Incidência: 1/10.000 a 20.000
nascimentos de ambos os sexos.
A DMC inclui pelo menos 17
sub-tipos diferentes. Os músculos da cintura escapular (região dos ombros e dos
braços) e da cintura pélvica ( região dos quadris e coxas) são atingidos
levando à fraqueza muscular progressiva.
Os sintomas se iniciam com
fraqueza nas pernas, dificuldades para subir escadas e levantar de cadeiras.
Após um período, que pode ser bem prolongado, apresentam-se sintomas nos ombros
e braços, como dificuldade para erguer objetos. O envolvimento do músculo
cardíaco é infreqüente na maioria dos sub-tipos.
·
DISTROFIA MUSCULAR DE STEINERT – DMS
Incidência: 1/8.000 a 10.000
nascimentos de ambos os sexos.
A DMS é mais freqüente em jovens
adultos e pode ocorrer em qualquer idade com diferentes graus de severidade.
Caracteriza-se principalmente por uma dificuldade no relaxamento muscular após
uma contração e está associada com alterações em outros órgãos incluindo olhos,
coração, sistema endócrino, sistema nervoso central e periférico, órgãos
gastrointestinais, pele e osso.
Os indivíduos afetados pelas DMS
costumam ter dificuldade para abrir as mãos ao soltar um objeto depois de
segurá-lo com firmeza. Pode também causar fraqueza muscular e os afetados podem
apresentar quedas de pálpebras, dificuldades em pronunciar palavras, catarata,
calvície precoce e diabetes. A ordem dos músculos afetados é face, pescoço,
mãos, antebraço e pés. A presença de arritmias cardíacas é importante causa de
letalidade.
·
DISTROFIA MUSCULAR FÁCIO-ESCÁPULO-UMERAL – FSH
Incidência: 1/20.000 nascimentos
de ambos os sexos.
Atinge os músculos da face e da
cintura escapular (ombros e braços). O início dos sintomas ocorre normalmente
entre os 10 a 25 anos de idade e o mais comum é o dormir de olho aberto. Não há
alteração da sobrevida pela doença. Existem
diferentes padrões na evolução da doença, que dependem do comprometimento
inicial.
Na maioria dos casos, o
comprometimento é leve e o paciente poderá andar e ter uma vida normal, mesmo
com o aumento gradativo das dificuldades.
Diagnóstico
O diagnóstico das distrofias
musculares se dá a partir dos seguintes procedimentos:
·
CK: dosagem de creatinofosfoquinase,
normalmente elevada em grau variável nos tipos diferentes de distrofia
muscular.
·
ESTUDO MOLECULAR – DNA: Ao analisar-se a molécula de DNA
busca-se deleções ou outros erros genéticos responsáveis pela falta das
proteínas que causam os diferentes tipos de distrofia.
·
BIÓPSIA MUSCULAR: Além da análise das alterações
anatomopatológicas do músculo, estuda as proteínas do tecido muscular, por
exemplo, no caso da DMD observa-se a ausência da proteína dsitrofina, enquanto
que na forma Becker esta proteína, embora presente, encontra-se alterada em
forma ou quantidade.É indicada nos casos que não apresentam deleção.
·
ESTUDO DO RNA: É indicado nos casos em que a
mutação ocorre no próprio afetado – mutação de ponto. Nesses casos em que há
dificuldade de localização do erro genético é utilizado o Teste da Proteína
Truncada PTT que utiliza o RNA extraído dos linfócitos do sangue.
Tratamento
O uso de corticoides (prednisona
e deflazocort) revigora um pouco a força muscular e a função respiratória. A
esperança, porém, está na terapia genética, talvez a única forma de tratamento
possível e eficaz para cura dessas doenças que, nas formas graves e nas formas
congênitas, impedem que a criança viva por muito tempo.
Fontes utilizadas:
1) Site do Dr Drauzio Varella
(http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/distrofias-musculares/)
2) http://patologiasemovimentos.blogspot.com.br/2009/11/distrofia-muscular-de-becker.html
3) Site do ABDIM (http://www.abdim.org.br/)
4) http://www.dicasdesaude.info/blog/wp-content/uploads/2012/10/Distrofia-Muscular-2.jpg
4) http://www.dicasdesaude.info/blog/wp-content/uploads/2012/10/Distrofia-Muscular-2.jpg
Aguardem as próximas postagens
sobre o assunto!!!
Vcs estão de Parabénssss, apesar de já está por dentro, pois tbém sou portadora da DMFEUMERAL, mas tem mt gente que não sabe, e gostariam de entender numa linguagem simples, e é de mt importância esse Blog. Mais uma vez...Parabénssss
ResponderExcluirOlá ficamos muito feliz por estar gostando e acompanhando o blog. Abraços!!!!!
ExcluirMuito obrigada pelo incentivo "Anônimo", e fique a vontade pra opinar sempre que quiser. Beijão!!
ExcluirQuanto mais esclarecimento desse diagnóstico,mais pessoas poderão se cuidar, e tentar diminuir os sintomas que os acometem com mais frequencia.
ResponderExcluirParabens pela atitude e DEUS de cada vez mais sabedoria e força para vces seguirem em frente.Abços!
Obrigada! É exatamente a nossa intenção, que todos conheçam melhor. Amém...continue nos acompanhando! Abraços
ExcluirParabéns pela forma simples e direta que vocês utilizaram para explicar uma doença que poucos conhecem, porém, tem uma frequência enorme. Bjs a todas e um especial para você prima (Lú)
ResponderExcluirObrigada Paulo...acreditamos que as pessoas estão podendo compreender cada vez mais sobre a Distrofia. Beijos
ExcluirAdorei o bog ainda mais por ser tbm uma portadora da doença,continue precisamos de novidade beijos felicidade ah te mandei o convite no seu facebook espero que aceite ser mh amiga.Sandra Santos
ResponderExcluirOie Sandra, que bom que você gostou!!! E fique a vontade para nos visitar mais vezes e pra colaborar conosco também. E quanto ao convite no face, já está mais que aceito.
ExcluirBeijo