Os pandeiros, cuícas, atabaques e
os clarins já avisaram “O carnaval chegou!!!” É uma das épocas do ano que mais
gosto, simplesmente adoroooooo. Mas apesar de toda a empolgação eu não curto
sair pra festas de rua, sou medrosa, não curto multidão nem festa em lugar
aberto. E de tantas opções e variedades aqui na minha cidade eu escolhi um, o
baile a fantasias mais irreverente e democrático que conheço, o Enquanto Isso
na Sala da Justiça. O bloco surgiu em 1995, como uma brincadeira para crianças
no carnaval de Olinda/PE. O melhor de tudo são as fantasias, na sua maioria
baseadas em super-heróis e vilões, além de usar tuuuudo o que aparece na mídia
pra tirar sarro com muita criatividade e irreverência. O que quero mostrar pra
vocês hoje não é apenas a minha fantasia criativa, mas contar de uma
experiência quase que perfeita de lazer acessível. Desde a minha entrada a
saída, eu e meu irmão (que também é cadeirante) tivemos a melhor impressão de
uma festa de carnaval fechada.
Demorei pra escolher minha
fantasia e pra convencer meus amigos a irem kkkkkkkkkkkkk Mas consegui me
encaixar na turma do meu irmão e fui. Fui de hippie (tá certo que era uma
hippie cocota mas está valendo né! Kkkkkkkkkkkk). Das atrações da noite eu só
conhecia duas, o Simoninha e o Monobloco (eitaaaaaa lê lê kkkkkkkk), estava
mega ansiosa pra chegar lá. Eu de
hippie, meu irmão de esqueleto kkkkkkkkkkkkkk minha amiga de dançarina de
cancan, o Léo (namorado dessa minha amiga) estava de turista, tinha enfermeiros
do SAMU, médico, piratas, uma turma boa e animada. Chegando lá muita fantasia
engraçada, heróis, mocinhas e bandidos, zumbis, celebridades e até gente
enrolada em toalha kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.
Quando chegamos fomos abordados
por um segurança que nos encaminhou para a entrada reservada para cadeirantes,
tudo muito rápido e simples. De lá seguimos para o centro do baile, muita gente,
mas nenhum tumulto. De repente uma equipe de seguranças aborda meu amigo e
avisa que tem uma área exclusiva na frente do palco principal para nós (*-*). A
estrutura perfeita, num patamar mais alto pra facilitar a visualização do palco
todo, mas eu e meu irmão queríamos ficar com nossa turma e o “camarote” não
permitia tantas pessoas, só o cadeirante e 1 acompanhante (estão certíssimos,
NÓS é que parecemos caranguejo, gostamos de ficar grudado nos amigos kkkkkkkk).
Descemos e curtimos o show. As pessoas passavam por nós e sorriam, lógico que
mais do meu irmão do que de mim né kkkkkkkkkkkkk Quando o Monobloco subiu no
palco tivemos que ir pro nosso “camarote”, eles arrasam (principalmente o Fabão
*-*) e é impossível ficar parado. E mais uma vez contamos com a ajuda da equipe
de seguranças. Como todos se juntaram próximo ao palco, estava muito complicado
para se movimentar e ficamos com medo de alguém cair em cima de nós. Quem nos
auxiliou foi à equipe do Corpo de Bombeiros (um deles era muito gato por
sinal!!), eles nos guiaram e nos conduziram ao “camarote”. Curtimos até o poeirão
subir e o Monobloco nos deixar “acabados”.
Na saída tranquilidade total
também. Não vimos nenhuma briga ou empurra empurra, realmente muito organizado.
O que quero falar é que é possível sim fazer um evento grande e seguro, onde
TODOS possam participar. Banheiros especiais, piso sem obstáculos, área
reservada, equipe treinada, rota acessível para a praça de alimentação e bares,
enfim um lazer totalmente acessível a todos, com ou sem limitação física. Agradeci
a produção pelo cuidado e atenção que eles tiveram comigo e com meu irmão, e
eles falaram que estão aprendendo e que pretendem melhorar a cada ano.
Meu irmão e o André |
Esse foi meu pré carnaval, semana
que vem tem mais!!!!!
Beijo e curtam muito o seu
carnaval!
Inté
O povo |
O povo 2 |
Perfeito amiga...Eh exatamente o que estamos buscando, acessibilidade para todos. O pessoal está de parabéns...beijos S2
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